Casar ou não casar, eis a questão

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Foi-se o tempo em que estar solteira significava ser volúvel, rejeitada, ou simplesmente “encalhada”. Hoje em dia felizmente as mulheres não precisam mais se sentir pressionadas a casar e ter filhos. Há 50 anos atrás quem não se casasse era mal-visto ou “tinha algum problema”: “solteirona” era o termo pejorativo usado para definir a mulher que chegasse aos 30 sem se casar. Já um homem solteirão tinha um pouco mais de status, era um “bon vivant”, sinônimo do cara que aproveitava a vida.

Hoje mulheres solteiras ou separadas também aproveitam a vida, como só os homens podiam no passado. E curtem sua independência e autonomia. São donas do próprio nariz, moram sozinhas, viajam, saem com os amigos. E muitas têm relacionamentos amorosos estáveis e felizes.

Ultimamente têm aumentado muito o número de homens e mulheres que optam pela solteirice como um estilo de vida. Para eles a liberdade, o trabalho, os estudos ou outros interesses são mais importantes do que um casamento.

Para alguns a solteirice pode ser uma fase. Para outros, uma opção. Para outros ainda, uma falta de opção: pessoas que desejaram mas não encontraram alguém compatível (foram exigentes demais?), pessoas imaturas emocionalmente ou que sofreram fortes decepções amorosas.

Nada é perfeito, qualquer escolha tem suas vantagens e desvantagens. Embora a solteirice represente maior liberdade e ausência dos problemas cotidianos do casamento (que podem desgastar a relação), corre-se o risco de se fechar em si mesmo, deixando de experimentar a vida a dois que pode ser uma experiência enriquecedora quando existe amor, amizade, pontos de identificação e objetivos em comum.

Mas ao contrário do que diz a música, não é impossível ser feliz sozinho. Solteirice e solidão são duas coisas muito diferentes. A pessoa pode ser solteira e feliz e casada e infeliz. Solteiros por opção não têm relacionamentos para preencher algo e sim para acrescentar algo.

Aliás, amor e comprometimento não tem necessariamente a ver com casamento. Já faz tempo que o amor deixou de ser visto como algo obrigatoriamente registrado em cartório. E aliás, ainda não apareceu nenhum estudo científico que comprove que a coabitação influencie positivamente a intensidade do amor.

Estar, ficar ou ser solteir(o)a são conceitos muito diferentes. Tem a solteirice de quem nunca casou, de quem não quer casar e de quem já casou, separou e não quer repetir a experiência. Hoje não existem regras rígidas: quem quer casar casa, quem não quer não casa. Depende do desejo de cada um, de seu momento de vida ou das características de cada relacionamento.

Como diz a terapeuta de casais Lidia Aratangy “… o grande avanço no casamento é que há várias formas de viver a dois nos dias atuais. Morar junto ou em casas separadas? Casar no papel ou informalmente? São diversas as configurações que já ouvi. Não adianta se espelhar no modelo antigo ou olhar para o casamento ao lado. Cada um deve achar sua fórmula e ser feliz”.∗

Revista Cláudia Julho 2011: “E daí se eu não casar?

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