Homens e mulheres estressados ou à beira de um ataque de nervos
A globalização provocou mudanças profundas na economia. Os efeitos dessas mudanças se fizeram sentir nas empresas e na vida das pessoas. Ondas de demissões levaram os funcionários remanescentes ao enfrentamento de uma verdadeira maratona de trabalho, quando assumiram, mesmo a contragosto, urna sobrecarga para compensar os demitidos. Temendo o desemprego, esses trabalhadores, muitas vezes insatisfeitos e estressados, agarraram se
Em contrapartida e felizmente hoje já existe uma forte tendência e até mesmo movimentos concretos em direção a novos modelos de gestão organizacional, visando à humanização. Num futuro não muito distante, a empresa que só se preocupar com os lucros e não tiver “responsabilidade social” estará fadada ao fracasso (preocupação com o meio ambiente, com as comunidades e com os clientes internos).
Sabemos que o modelo atual não tem sustentabilidade no longo prazo. Humanização das relações de trabalho, metas de produção, horários flexíveis, maior participação de todos nas decisões e resultados, são sonhos que já estão se tornando realidade em muitas empresas.
No entanto, esse processo não é geral e sabemos, as mudanças ocorrem de forma gradual. Mas, se isto é fato e se temos que conviver com ele, como fazer para minimizar o stress e a possível insatisfação? O que fazer quando não se vê no curto prazo uma saída possível? Como agir quando o trabalho já tomou conta de sua vida?
É preciso desenvolver algumas estratégias de defesa, a fim de reequilibrar os vários aspectos que compõem uma vida saudável: profissional, familiar, afetivo-sexual, social, lazer, exercícios físicos, cuidados com a saúde.
Algumas dicas importantes:
- Em primeiro lugar, não se faça de vítima. Reaja. Não use o excesso de trabalho para chamar a atenção das pessoas ou para provocar pena, que é apenas um sub-produto do amor. Com certeza, você merece mais.
- Não perca, em hipótese alguma, o contato consigo mesmo. Não se torne um robô programado para fazer tarefas. Quando as solicitações profissionais forem muitas e você entrar num ritmo alucinado, todo cuidado é pouco para não se “esvaziar” de si mesmo. Não se ausente. Permaneça aí, presente no seu próprio corpo, mesmo quando as pressões forem muitas. Sintonize-se com o seu desejo. Permita-se sentir o que sente, coloque-se, marque sempre sua posição. Caso contrário você corre o risco de se esquecer de si mesmo, de quem é, e acabar perdendo o contato com os seus próprios sentimentos.
- Faça as coisas com calma, pensando no que está fazendo, aproveitando a experiência, e sobretudo tentando resgatar, se possível e urgentemente, o prazer.
- Não deixe que o cansaço físico e emocional tomem conta de você. Você pode estar caminhando para o stress, ou, em alguns casos mais graves, para a síndrome do burn-out, mas isto sinalizará que você já ultrapassou os limites.
- Mostre seu empenho e interesse, porém diga sempre e claramente o que é possível fazer e o que não é. Colocar limites (primeiro para você mesmo e depois para o outro!!!) é imprescindível, se você quiser manter um bom relacionamento com seus superiores e colegas (e com você mesmo!!!). Sua auto-estima vai agradecer.
- Organize-se, seja objetivo e estabeleça prioridades dentro do tempo que você dispõe. E faça o melhor que puder. Dentro deste tempo. Depois vá embora. Para casa, para a academia. Tomar um banho relaxante, assistir a um bom filme, namorar. Porque você não pretende dormir no escritório, pretende?